Autor(es): Roberto e Erasmo Carlos |
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O ouro no ano passado subiu sem
parar Os gritos na bolsa falaram de outros valores Corpos estranhos no ar Silenciosos voadores Quem sabe olhando o futuro do ano passado. O mar quase morre de sede no ano passado Os rios ficaram doentes com tanto veneno Diante da economia Quem pensa em ecologia Se o dólar é verde e é mais forte que o verde que havia. O que será o futuro que hoje se faz A natureza, as crianças e os animais. Quantas baleias queriam nadar como antes Quem inventou o fuzil pra matar elefantes Quem padeceu de insônia Com a sorte da Amazônia Na lei do machado mais forte do ano passado. Não adianta soprar a fumaça do ar As chaminés do progresso não podem parar Quem sabe um museu no futuro Vai guardar em lugar seguro Um pouco de ar puro relíquia do ano passado. Os campos risonhos um dia tiveram mais flores E os bosques tivera mais vida e até mais amores Quem briga com a natureza Envenena a própria mesa Contra a força de Deus não existe defesa.
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